Forças de segurança da Costa do Marfim mataram a tiros sete mulheres que estavam protestando nesta quinta-feira a favor do oposicionista Alassane Ouattara, que reivindica a presidência do país, segundo duas testemunhas e fontes do setor de segurança.
Os Estados Unidos disseram que pelo menos 365 pessoas morreram na violência no país desde as eleições de 28 de novembro e a ONU afirma que cerca de 200 mil pessoas já tiveram de abandonar suas casas, na localidade de Abolo, que ficou praticamente deserta depois de duros combates na semana passada.
Há temores de que a disputa de poder entre Ouattara e o atual presidente, Laurent Gbagbo, que rejeitou ampla pressão pedindo sua renúncia após as eleições de novembro, poderia conduzir o país de volta à guerra civil.
As mulheres se reuniram no círculo de Anador, no bairro de Abobo, em Abidjã, para uma passeata pedindo a renúncia de Gbagbo, segundo uma testemunha.
"Homens uniformizados chegaram em veículos e começaram a atirara aleatoriamente. Seis mulheres morreram no local. Também houve tiros e as outras mulheres estão chorando", disse inicialmente Idrissa Diarrassouba.
Outro morador do bairro afirmou que dez mulheres morreram e dezenas de outras ficaram feridas quando as forças de segurança começaram a atirar.
"Estou ao lado de um corpo neste momento,tem um ferimento de bala em seu pescoço", disse o professor Moussa Fofana.
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