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Forças de segurança da Síria abriram fogo com balas de verdade para dispersar um protesto contra o presidente Bashar al-Assad em Damasco neste sábado (18), matando pelo menos uma pessoa, afirmaram ativistas da oposição.

Um enviado chinês se reuniu com o líder sírio e pediu a todos os lados que dessem fim a 11 meses de derramamento de sangue, apoiando os planos do governo de convocar eleições. Mais tarde, ele se reuniu com três dissidentes.

O tiroteio teve início nos funerais de três jovens mortos na sexta-feira num protesto anti-Assad, que foi um dos maiores na capital desde que a revolta de amplitude nacional começou.

"Eles começaram a atirar na multidão assim que o enterro acabou. As pessoas começaram a correr e a se proteger em becos", disse uma testemunha, falando à Reuters de Amman por telefone.

A União de Coordenação da Revolução Síria, da oposição, disse que o tiroteio nos arredores do cemitério havia matado uma pessoa e ferido quatro, incluindo uma mulher que foi atingida na cabeça.

Um dono de loja disse à Reuters que vários manifestantes foram presos.

Até 30 mil manifestantes haviam tomado as ruas no distrito Mezze, da capital, próximo aos quartéis-generais da Inteligência Aérea e do partido Baath, que está atualmente no poder, disseram testemunhas.

Vídeos da transmissão do funeral na Internet mostraram mulheres ululando em honra às vítimas. Indivíduos gritaram: "nós sacrificamos nosso sangue, nossa alma por vocês, mártires. Um, um, um, o povo sírio é um".

Vídeos do Youtube do bairro de Douma, em Damasco, mostraram milhares de manifestantes nos funerais de duas pessoas que, segundo relatos, foram mortas por forças de segurança. Seus corpos foram carregados por um mar de indivíduos acenando a bandeira da Síria de antes da chegada do Baath ao poder.

Assad descreveu o tumulto atingindo a Síria como um estratagema com o fim de dividir o país.

"O que a Síria está enfrentando é fundamentalmente um esforço para dividi-la e afetar sua imagem geopolítica e sua função histórica na região", disse ele em citação pela televisão estatal após ter se reunido com o vice-ministro de Relações Exteriores da China, Zhai Jun.

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