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As forças do governo sírio mataram mais 31 pessoas nesta sexta-feira em vários lugares da Síria, incluindo 10 manifestantes atingidos por tiros de morteiros em Homs, reduto da oposição ao governo do presidente Bashar al-Assad, disseram ativistas.

Os disparos de morteiros atingiram uma manifestação no distrito de Bab Houd, disse o ativista baseado em Homs, Abu Imad, acrescentando que a mesquita Al-Hanableh, em Bab Dreib, também foi atacada na saída dos fiéis após as orações tradicionais de sexta-feira.

O ativista Walid Fares, do bairro Khalidiya, em Homs, contou que quatro protestos aconteciam em diferentes partes da cidade e que ele recebeu informações de que todos foram alvo de ataques com morteiros.

A retomada dos bombardeios pesados ocorre após alguns dias de relativa calma, período em que a chefe da área humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU), Valerie Amos, esteve em Homs e relatou que parte da cidade foi totalmente destruída por quase um mês de cerco militar, que culminou com a fuga de rebeldes que controlavam o bairro de Baba Amr.

"Trinta tanques entraram no meu bairro às 7h da manhã e estão usando seus canhões para disparar contra casas", disse Karam Abu Rabea, morador do bairro de Karm al-Zeitoun, em Homs.

"Há tiroteio e (as tropas) estão usando granadas lançadas por foguetes", ele disse, acrescentando que as ruas ficaram vazias em seu bairro e que as pessoas estavam tentando se proteger ficando em casa.

Em outras partes do país, manifestantes contrários ao presidente sírio, Bashar al-Assad, saíram às ruas para protestar após as preces islâmicas da sexta-feira.

Valerie disse na quinta-feira que pediu ao governo sírio permissão para que a ajuda humanitária seja entregue às vítimas do conflito.

O enviado especial conjunto da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, deve chegar no sábado a Damasco para tentar acalmar a situação. Os protestos contra Assad começaram há um ano, e ameaçam descambar para uma guerra civil.

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