Chávez está autorizado a mediar crise, diz chanceler
O governo da Líbia aceitou mediação da Venezuela para a criação de uma missão de paz que negocie uma saída para a crise no país norte-africano.
Ex-ministro da Justiça tenta se cacifar como sucessor de Kadafi
Trípoli - Aproveitando-se da popularidade que obteve ao se desligar do regime de Muamar Kadafi logo no início dos choques, o ex-ministro da Justiça Mustafa Abdel Jalil se autodeclarou presidente do Conselho Nacional da Líbia, a primeira instituição criada pelos rebeldes.
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Forças leais ao presidente da Líbia, Muamar Kadafi, romperam linhas rebeldes na cidade de Zawiyah, a 50 quilômetros da capital Trípoli, em um ataque realizado neste sábado (5), que pode ser crucial para a defesa do regime. Ainda não há informações sobre mortos ou feridos.
O revés sofrido pelos rebeldes em Zawiya foi o segundo nos últimos dias. Em Benghazi, maior cidade dominada pela oposição, uma grande explosão, que atingiu uma área maior que três campos de futebol, destruiu grandes depósitos de armas e munições, na sexta-feira. Fotógrafos da Associated Press que chegaram ao local neste sábado viram prédios inteiros, carros e árvores ainda em chamas. Segundo testemunhas, 26 pessoas morreram.
Ainda não se sabe como os depósitos explodiram, mas as suspeitas recaem sobre agentes de Kadafi, que tentam interromper a marcha dos rebeldes para a cidade de Sirte, na costa do Mediterrâneo, ainda dominada pelo governo.
Os opositores do regime se saíram melhor em outro lugar, capturando o importante porto petrolífero de Ras Lanouf, sua primeira vitória militar na longa marcha para o oeste, em direção a Trípoli. Os acontecimentos das últimas horas sugerem que o conflito na Líbia, iniciado em 15 de fevereiro, pode durar semanas, talvez meses, com nenhum dos lados reunindo força militar suficiente para derrotar o outro.
Testemunhas disseram que Ras Lanouf, a cerca de 140 km de Sirte, caiu em mãos rebeldes na noite de sexta-feira, depois de uma batalha feroz contra forças pró-Kadafi, que depois fugiram do local. Um repórter da AP que chegou ao local neste sábado viu a bandeira adotada pelos rebeldes - vermelha, preta e verde, da era anterior ao presidente líbio - hasteada nas instalações do porto petrolífero. Um dos opositores que tomaram o local, Ahmed al-Zawi, contou que a batalha foi vencida depois que os residentes de Ras Lanouf se juntaram ao combate. Segundo ele, 12 rebeldes foram mortos durante o conflito, no qual granadas e armas antiaéreas foram usadas. Funcionários de um hospital na cidade vizinha de Ajdabiya disseram, contudo, que cinco oposicionistas foram mortos e 31 ficaram feridos.
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