Forças leais ao governante Muamar Kadafi abriram fogo contra manifestantes em várias áreas da capital da Líbia, Trípoli, após as orações muçulmanas desta sexta-feira. A informação foi confirmada por diversas fontes, que falaram com jornalistas da France Presse por telefone.
Líderes da oposição ao regime de Kadafi convocaram grandes protestos para Trípoli nesta sexta-feira. Além disso, lideranças rebeldes ameaçam lançar uma ofensiva para dominar a capital líbia. Após vários dias de protestos, o governo já perdeu o controle de algumas áreas da nação do norte africano, sobretudo no leste, além de sofrer pressão internacional para não reprimir os protestos com violência.
Ocupação
Manifestantes contrários a Kadafi, autointitulados "filhos da revolução", ocuparam a embaixada da Líbia em Paris, na França. "Nós tomamos a embaixada", disse hoje uma porta-voz do grupo. A polícia francesa estava posicionada em frente à embaixada para evitar que mais pessoas fossem até o local, incluindo manifestantes que desejavam levar comida aos colegas.
Os manifestantes tomaram a embaixada no fim da noite de ontem, fazendo com que os funcionários deixassem o local. "Eles estão ameaçando cometer suicídio em massa se a polícia intervier", afirmou a porta-voz. O grupo hasteou a antiga bandeira da Líbia, usada antes de Kadafi tomar o poder em um golpe de Estado, em 1969. "O embaixador não tem mais legitimidade, porque ele se recusou a apoiar o povo líbio", afirmou a porta-voz. Hoje, porém o embaixador líbio em Paris pediu demissão.
A Líbia enfrenta protestos contra o regime de Kadafi desde o dia 15. As manifestações foram violentamente reprimidas, com muitos dos enviados de Trípoli pelo mundo pedindo demissão por discordar da repressão oficial. As informações são da Dow Jones.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião