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Díli – Tropas australianas começaram a chegar ontem a Timor Leste (ásia) com a missão de controlar a violência no país, que completou quatro anos neste mês. Timor viveu ontem o terceiro dia consecutivo de confrontos entre ex-soldados armados e a polícia. Entre 9 e 20 pessoas morreram (a maioria policiais), segundo as agências internacionais, que confirmaram ainda 27 feridos, incluindo dois instrutores da Organização das Nações Unidas (ONU).

Cerca de 1,5 mil estão refugiadas na área da sede ONU e do escritório do presidente, Xanana Gusmão. Rajadas de tiros foram ouvidas ontem nessa região. Quatro famílias procuraram abrigo na Embaixada do Brasil. Cerca de 250 brasileiros vivem no país.

Os distúrbios são considerados os mais sérios desde que o país se tornou independente da Indonésia, em 1999. O Estado foi administrado pelas Nações Unidas até 2002, quando Xanana Gusmão tornou-se presidente.

A situação ficou aparentemente mais calma com a chegada de uma missão de paz enviada pela Austrália. O país pediu socorro ainda à Malásia, Nova Zelândia e Portugal, que também decidiu enviar tropas. Pelo menos 1.420 militares (1.300 australianos e 120 portugueses) vão tentar garantir segurança à população.

Os confrontos começaram em março, quando cerca de 600 soldados – que representam 40% das forças armadas do país – foram demitidos após entrarem em greve para protestar por melhores condições nas forças armadas. Parte dos soldados deixou a capital e se estabeleceu nas montanhas da região, ameaçando iniciar uma guerrilha caso não fossem readmitidos no Exército. Nos últimos dois meses, os enfrentamentos se agravaram.

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