Forças de segurança mataram hoje cinco manifestantes contrários ao governo na cidade de Taiz, segunda maior do Iêmen, disseram testemunhas. Ontem, 21 pessoas haviam sido mortas na repressão a um protesto na praça central da cidade. Fontes disseram que as forças de segurança tentavam impedir que qualquer um se reunisse na cidade hoje, disparando naqueles que tentavam. Médicos confirmaram que pelo menos duas pessoas foram mortas. Parte da população iemenita pede desde janeiro o fim do governo do presidente Ali Abdullah Saleh, no cargo desde 1978.
As mortes desta terça-feira ocorreram após as forças de segurança reprimiram um protesto de quatro meses realizado em Taiz, matando 21 pessoas ontem. Agentes apoiados pelo Exército e por Guardas Republicanos invadiram o ato contra Saleh na Praça Liberdade, disparando em civis e ateando fogo a barracas. Mais de 200 pessoas foram mortas na repressão pelo país desde o início dos protestos, no fim de janeiro. Dezenas de outras morreram em confrontos entre partidários e adversário do regime.
Hoje, houve confrontos perto da residência em Sanaa do líder tribal dissidente xeque Sadiq al-Ahmar, informa a France Presse. O governo de Saleh acusou combatentes de Ahmar de romperem uma trégua anunciada pelo líder tribal na sexta-feira. Porém fontes próximas ao xeque alegam que as forças do presidente desrespeitaram o cessar-fogo. Não havia ainda informações sobre feridos nessa disputa.
No sul do país, perto da cidade de Zinjibar, supostos membros da Al-Qaeda mataram quatro soldados iemenitas e feriram dez, disse uma fonte do setor de segurança. Boa parte dessa cidade está sob controle dos militantes, informou a mesma fonte.
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