Forças de segurança e milícias do Irã reprimiram nesta quarta-feira (26) uma manifestação pelos 40 dias da morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos da cidade curda de Saqez que morreu no mês passado em Teerã após ser presa e agredida por policiais de costumes por “uso inadequado” do hijab, o véu islâmico.
A agência de notícias estatal Isna informou que cerca de 10 mil pessoas foram ao cemitério de Saqez onde Amini está sepultada. O grupo de direitos humanos curdo Hengaw relatou que os manifestantes foram recebidos com tiros e bombas de gás lacrimogêneo.
As primeiras informações apontam vários feridos e que muitos foram detidos, mas não há confirmações de mortes.
Segundo o Hengaw, ao menos 50 pessoas ficaram feridas durante a resposta de forças de segurança a protestos nas cidades de Sanandaj, Marivan, Saqez, Divandareh, Bukan e Mahabad nesta quarta-feira.
Grupos de direitos humanos informaram que a família de Amini não organizou nenhuma homenagem pelos 40 dias da morte da jovem (tradição no islã xiita) porque foi ameaçada de sofrer represálias, mas o governador da região, Zarei Kusha, alegou que os familiares decidiram espontaneamente não realizar nenhum ato.