Forças ligadas ao governo do Iraque conseguiram retomar o controle do Banco Central do país, após homens bomba e outros armados, vestindo uniformes militares, terem tomado o prédio da instituição e mantido vários funcionários reféns durante algumas horas hoje, segundo uma autoridade sênior do BC. "As nossas forças de segurança conseguiram retomar o controle após um amplo e organizado ataque terrorista", disse o conselheiro do BC, Mudher Kasim. Essa fonte informou que não houve danos aos documentos ou arquivos do BC, acrescentando que a ação provocou alguns estragos às instalações.
O conselheiro disse que o banco foi atacado porque tem adotado uma política monetária bem-sucedida que levou à estabilização e a uma recuperação do valor da moeda local ante divisas estrangeiras. "Essas conquistas incomodam os terroristas", disse. O dólar era negociado a 1.170 dinares hoje. Antes da invasão ao Iraque, liderada pelos EUA em 2003, o dólar era cotado a 2.500 dinares.
Em uma ação ousada ao Banco Central do Iraque, em Bagdá, homens armados e vestidos com uniformes militares entraram no prédio e fizeram vários reféns. A violência começou por volta das 8h50 (horário de Brasília), quando um homem bomba usando um uniforme de capitão do Exército detonou seu equipamento perto do prédio, provocando inúmeros danos, de acordo com um alto comandante do Ministério da Defesa.
Os insurgentes tomaram o controle do prédio do BC, após oito explosões realizadas na região em menos de uma hora. Pelo menos 15 pessoas, principalmente funcionários do banco, morreram e 43 ficaram feridas.
Dados do governo dão conta de que 337 pessoas foram mortas em ações violentas no Iraque em maio, o quarto mês em que o número de vítimas superou o registrado em iguais meses do ano passado.