Com ajuda iraniana, as forças do Hamas estão se expandindo rápido e obtendo armas e treinamento mais sofisticados que as forças sob o controle do presidente palestino Mahmoud Abbas, segundo o coordenador de segurança dos Estados Unidos.
O general americano Keith Dayton disse que a crescente força militar do Hamas poderia erodir a capacidade já bastante limitada de Abbas em garantir um cessar-fogo na Faixa de Gaza, aumentando as chances de uma intervenção militar israelense.
Dayton declarou seu ponto de vista no final da semana passada, em uma série de encontros a portas fechadas com líderes do Congresso, disseram fontes familiares com as discussões na quarta-feira.
Preocupado com o governo de coalizão de Abbas com o Hamas, um grupo que Washington considera uma organização terrorista, o Congresso dos EUA bloqueou o envio de US$ 86 milhões que iriam ajudar a guarda presidencial de Abbas e as forças nacionais de segurança.
Fontes familiares com o governo Bush disseram que um novo plano de gastos iria ser submetido à aprovação, provavelmente limitando a ajuda à guarda presidencial de Abbas e a melhoras na segurança do principal cruzamento comercial com Israel.
Não estava certo se e quando o dinheiro será aprovado.
Os palestinos esperam que um governo de unidade formado no sábado entre a facção Fatah, de Abbas, e os islâmicos do Hamas tragam um fim à luta entre os grupos. Mas a tensão continua alta, principalmente na Faixa de Gaza.
Ignorando as objeções do Fatah, o Hamas está levando adiante planos de dobrar o tamanho de sua Força Executiva para 12.000 membros. A força é composta em sua maioria por membros da ala armada do Hamas, que na segunda-feira lançou seus primeiros ataques contra israelenses desde que uma trégua em Gaza começou em novembro.
Os EUA querem que as forças do próprio Abbas sejam fortes o bastante para manter a lei e a ordem, e para evitar que grupos militantes como o Hamas disparem foguetes e lancem outros ataques contra Israel da Faixa de Gaza.
Dayton, que se tornou coordenador de segurança dos EUA entre Israel e os palestinos em dezembro de 2005, disse que o Hamas continuou a aumentar suas forças usando patrocínio iraniano. Ele destacou que os soldados de Abbas não serão fortes o bastante para confrontá-las sem ajuda externa.
Oficiais israelenses também disseram que combatentes do Hamas estão recebendo treinamento no Irã e contrabandeando para Gaza foguetes que poderiam penetrar bastante no território israelense.