Forças do governo iemenita bombardearam a cidade de Taiz na madrugada desta quinta-feira, matando pelo menos cinco civis, segundo fontes médicas. Na capital, Sanaa, os grupos de oposição e o partido do presidente Ali Abdullah Saleh, que renunciou na semana passada, fecharam um acordo para a formação de um governo interino.
Fontes médicas do hospital Al Rawdah disseram que pelo menos cinco civis foram mortos e vários ficaram feridos. Funcionários de um hospital de campanha em Taiz afirmaram ter recebido dez feridos.
A cidade de Taiz, principal centro comercial do Iêmen, fica cerca de 200 quilômetros ao sul de Sanaa, a capital.
Saleh passou 33 anos no cargo, e transferiu o poder ao seu vice, sob intensa pressão internacional, após enfrentar dez meses de protestos populares. O acordo para a saída dele foi mediado pelo Conselho de Cooperação do Golfo.
De acordo com um líder da oposição ouvido pela Reuters, e que não quis identificar-se, o entendimento firmado nesta quinta-feira para o governo interino prevê que o partido de Saleh manterá o controle dos ministérios da Defesa, Relações Exteriores e Petróleo enquanto os oposicionistas ficarão com Cooperação Internacional, Interior, Informação e Finanças.
Os patrocinadores do plano esperam que ele evite uma guerra civil no país - vizinho da Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo - e impeça a Al Qaeda local de ameaçar as rotas de navegação no mar Vermelho.
Mas até agora o acordo não bastou para encerrar a violência no país, o mais pobre da Península Arábica.
As eleições presidenciais foram marcadas para 21 de fevereiro.
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