Um confronto entre forças dos Estados Unidos e do Talibã deixou mais de 50 supostos insurgentes mortos nesta quinta-feira na província de Helmand, no sul do Afeganistão. E um dia após matar um dos reféns sul-coreanos, os rebeldes informaram que ainda mantêm vivos os missionários, mas ameçam matar os 22 estrangeiros.
O combate com as forças americanas começou ontem à noite, a cerca de 20 quilômetros de Qal Eye Gaz, no norte de Helmand. Um grupo de talibãs atacou os militares utilizando armamento pesado, segundo um comunicado do comando.
As forças afegãs e dos EUA "imediatamente responderam ao fogo e pediram reforços aéreos", que bombardearam as instalações onde se refugiavam os rebeldes. A batalha levou mais de 12 horas e terminou na manhã desta quinta-feira. Segundo o comunicado, as instalações rebeldes aparentemente abrigavam uma grande quantidade de material explosivo.
Ao fim da batalha, "foi confirmada a morte de mais de 50 insurgentes e um número indeterminado de feridos", afirmou o comando americano. A nota acrescentou que entre os militares só houve um ferido. Além disso, 16 instalações, que supostamente eram dos talibãs, foram destruídas, assim como vários veículos.
O comando americano ressaltou que, segundo relatórios dos serviços secretos, há uma "forte concentração" de insurgentes talibãs na área de Moussa Qala, onde aconteceu o combate.
Na terça-feira, a Força para a Assistência à Segurança (Isaf) anunciou o lançamento de uma grande operação em Helmand, com milhares de soldados afegãos e da Otan. O objetivo é apoiar a presença das tropas conjuntas e expulsar os talibãs.
Nos últimos dias houve contínuos confrontos na zona de Helmand, e só em Moussa Qala morreram 160 insurgentes desde domingo, segundo o comando americano. A província é uma das mais conflituosas do Afeganistão.