Forças sírias intensificaram as ações em todo o país para prender ativistas no domingo depois de uma das mais sangrentas semanas no levante de seis meses contra o presidente Bashar al-Assad, disseram moradores e ativistas.
Dezenas de pessoas foram detidas na província tribal de Deir al-Zor, em Hauran e nas aldeias ao redor da cidade de Hama, que está entre as mais atingidas pelas ações de veículos blindados sobre focos de protesto.
Um advogado da cidade de Deraa, o berço da revolta contra o regime de 41 anos da família Assad, disse ter visto dezenas de soldados cercando a aldeia vizinha de Yadouda.
"Eu os vi por acidente e fugi. Ouvi dizer que mais tarde eles entraram em casas. Eles podem vir a qualquer minuto e atacar e prender", disse por telefone o advogado, que pediu para não ser identificado.
Ele disse que os detidos poderiam esperar maus-tratos ou pior.
"Ou você desaparece e nunca é ouvido de novo, ou volta vermelho e azul com buracos em seu corpo de espancamentos e tortura para ser um exemplo ou você simplesmente volta em um caixão."
Autoridades sírias não comentam sobre prisões ou alegações de tortura, mas já disseram no passado que todas as detenções são feitas em conformidade com a Constituição. Elas dizem estar lutando contra gangues armadas que mataram pelo menos 500 funcionários de segurança.
A ONU diz que 2.200 pessoas morreram no conflito que começou em meados de março, enquanto uma organização de base síria diz que as forças de segurança mataram 3.000 civis.
A Síria proibiu jornalistas independentes, o que torna difícil a verificação dos números da violência de ambos os lados.
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