Pelo menos 35 pessoas foram mortas em nova investida do Exército sírio para retomar o controle da província de Homs, epicentro da revolta contra o presidente Bashar al-Assad, disseram ativistas da oposição neste domingo.
O Exército bombardeou redutos da oposição na cidade de Homs e nas localidades de Qusair, Talbiseh e Rastan. O grupo rebelde Exército Sírio Livre vinha intensificando os ataques contra patrulhas militares, bloqueios de estrada e baterias de mísseis na área, segundo a Rede Síria para os Direitos Humanos e ativistas da oposição.
O militante Abu Qassem, de Rastan, situada 25 quilômetros a norte de Homs, afirmou que pelo menos 500 foguetes e bombas tinham caído na cidade desde sábado e que helicópteros estavam disparando com metralhadoras na área.
Rastan era anteriormente área de recrutamento de muçulmanos sunitas para as fileiras do Exército do país, cujas patentes mais altas são preenchidas com membros da minoria muçulmana alauíta (uma ramificação do xiismo), à qual pertence a família Assad.
Depois da irrupção da revolta na Síria, em março do ano passado, e da morte de manifestantes pró-democracia em Rastan, militares sunitas naturais da cidade começaram a desertar. Talbiseh, mais ao sul, passou a ser alvo de bombardeios e tiroteios pesados por parte de tropas leais a Assad depois que alguns soldados postados em bloqueios de estradas nos arredores desertaram e levaram dois caminhões de transporte de tropas para a cidade, de acordo com relatos de fontes da oposição local.
