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Forças ucranianas e separatistas rompem trégua e entram em confronto

Bombeiros apagam fogo em mercado da cidade ucraniana de Donetsk destruído por bombardeio. | Alexander Ermochenko / Reuters
Bombeiros apagam fogo em mercado da cidade ucraniana de Donetsk destruído por bombardeio. (Foto: Alexander Ermochenko / Reuters)

Tropas ucranianas e separatistas pró-Rússia romperam a trégua ontem e travaram seu primeiro confronto sério em meses, em uma região perto de Donetsk, no leste do país. Pelo menos 15 pessoas morreram em combates que podem pôr fim ao frágil cessar-fogo na região.

Os confrontos podem abalar ainda mais a relação entre a Rússia e as potências ocidentais. Acusado de apoiar os rebeldes, o Kremlin atribuiu os confrontos a uma provocação do governo ucraniano. Já os Estados Unidos anunciaram que podem impor novas sanções à Rússia (leia mais ao lado).

Segundo o exército ucraniano, rebeldes tentaram avançar usando tanques e cerca de mil combatentes a partir de uma base perto de Donetsk. Os separatistas teriam atacado a cidade de Maryinka, de onde teriam sido expulsos. Kiev acusa os separatistas de atacarem suas posições desde a madrugada com tanques e artilharia, violando o cessar-fogo firmado em 15 de fevereiro.

Os insurgentes negam que suas tropas tenham iniciado o ataque, que durou quase 12 horas. Eles acusam o exército ucraniano de atacar em território rebelde próximo a Donetsk. As 15 mortes na região teriam sido causadas pelas forças ucranianas, de acordo com os separatistas.

O exército ucraniano usou o equipamento que tinha sido retirado da região em virtude dos acordos de paz de Minsk. Os insurgentes também teriam usado canhões e morteiros, armas que deveriam estar a mais de 25 km de distância da linha de confronto.

O Kremlin se mostrou preocupado com a possibilidade de civis serem atingidos por bombardeios e pediu a implementação incondicional dos acordos de paz. “Em Moscou, estamos acompanhando bem de perto e estamos bastante preocupados com as ações provocativas das Forças Armadas ucranianas“, afirmou o porta-voz Dmitry Peskov.

A escalada da violência ocorre às vésperas da cúpula do G7 na Alemanha. O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, disse esperar que “a comunidade internacional responda de maneira correta e adequada à agressão russa”.

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