O Ministério do Interior da Ucrânia informou nesta quinta-feira (24) que "cinco terroristas" morreram em combate em uma operação especial na cidade de Slaviansk, no sudeste da Ucrânia.
"No choque armado morreram cinco terroristas", comunicou o ministério em seu site.
O boletim oficial acrescentou que soldados do Ministério do Interior e das Forças Armadas da Ucrânia destruíram três postos de controle instalados na parte nordeste de Slaviansk por "formações armadas ilegais", em referência aos milicianos pró-Rússia.
Slaviansk, com cerca de 120 mil habitantes, é o bastião da sublevação pró-Rússia contra o governo de Kiev, que eclodiu há quase três semanas nas regiões do sudeste da Ucrânia, cuja maioria da população fala russo.
"Estamos cercados. Temos força suficiente para oferecer resistência", assegurou em declarações ao canal russo "Rossiya 24" o autoproclamado prefeito de Slaviansk e líder das milícias populares locais, Viacheslav Ponomariov.
Um correspondente do "Rossiya 24" que está no local informou que vários navios já entraram em Slaviansk.
O governo ucraniano anunciou ontem que retomaria a operação antiterrorista contra as formações armadas ilegais no sudeste do país.
A decisão foi adotada pelo presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov, depois de serem encontrados em Slaviansk o corpo do deputado da assembleia municipal de Gorlovka, Vladimir Ribak, que pertencia ao partido Batkivschina (Pátria), partido da coalizão que governa em Kiev.
Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, advertiu hoje as autoridades da Ucrânia de que as operações antiterroristas no sudeste deste país terão consequências tanto para os que as ordenaram como para as relações bilaterais russo-ucranianas.
"Se o atual regime de Kiev começou realmente a utilizar o exército contra a população no país é um crime muito grave contra seu próprio povo", declarou.
"É uma operação repressiva que terá consequências para as pessoas que tomam estas decisões, em particular para as relações intergovernamentais", disse."Se as autoridades atuais de Kiev fizeram isto, então trata-se simplesmente de uma junta, de uma espécie de grupo criminosos".
O embaixador da Rússia perante a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), Andrei Kelin, classificou a ação como uma violação dos acordos de Genebra.
"É uma violação flagrante do acordo de Genebra, cuja primeira cláusula assinala que todas as partes devem se abster de qualquer forma de violência, intimidação e provocações", disse Kelin de Viena para a agência Interfax.
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