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Guerra

Forças ucranianas sofrem revés; rebeldes assumem a presença russa

Caixões são preparados para funeral de insurgentes que morreram após intenso confronto com forças do governo ucraniano | Yannis Behrakis/Reuters
Caixões são preparados para funeral de insurgentes que morreram após intenso confronto com forças do governo ucraniano (Foto: Yannis Behrakis/Reuters)
Rebelde pró-Rússia vigia prédio administrativo em Donetsk |

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Rebelde pró-Rússia vigia prédio administrativo em Donetsk

A ofensiva da Ucrânia com aviação e artilharia pesada contra as fortificações pró-russas sofreu ontem um duro revés com a derrubada de um helicóptero que transportava um general e 12 soldados. No mesmo dia, os rebeldes reconheceram pela primeira vez a presença russa em suas fileiras.

O helicóptero, que voava a baixa altura, foi derrubado com um projétil de bazuca perto de Slaviansk, o reduto insurgente na região de Donetsk (leste), e, de seus 14 tripulantes, só se salvou um soldado, que ficou gravemente ferido.

Entre as baixas está o general Sergei Kulchitski, chefe de instrução militar da Guarda Nacional, segundo reconheceu o presidente interino da Ucrânia, Alexander Turchinov.

"Tenho certeza de que as Forças Armadas e os órgãos de segurança levarão até o final a (operação de) limpeza dos terroristas, e todos os criminosos serão liquidados ou se sentarão no banco dos réus", ressaltou.

Ataques

De acordo com o Minis­tério do Interior ucraniano, o aparelho foi derrubado após transportar munição e alimentos a um posto de controle da Guarda Nacional, e quando levava de volta a sua base um destacamento de soldados após uma mudança de turno.

Durante todo o dia, aviões e peças de artilharia atacaram as fortificações rebeldes de Slaviansk e Kramatorsk, onde os combates foram retomados após a eleição no domingo de Petro Poroshenko como novo presidente ucraniano.

As autoridades desmentiram categoricamente o uso das plataformas de lançamento de mísseis Grad, como denunciaram esta manhã os milicianos.

Corredor humanitário

Ao mesmo tempo, em uma antecipação de suas intenções de lançar uma ofensiva militar massiva, os militares ucranianos anunciaram sua disposição de criar um corredor humanitário para facilitar a saída da população civil de Slaviansk.

"Nessa situação, as partes devem acertar a criação de um corredor para os refugiados. A direção da operação antiterrorista está disposta a agir para a evacuação dos civis pacíficos de Slaviansk", disse Vladislav Selezniov, por­ta-voz ucraniano.

A proibição de voar para Donetsk, epicentro da sublevação pró-russa, foi prolongada até o dia 2 de junho.

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