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Formação de governo separatista na Catalunha permanece bloqueada

Caso ocorra a formação de  um novo governo,Artur Mas  permanece como presidente da Catalunha. | Foto: Junts pel Sí 27/09/2015/Fotos Públicas
Caso ocorra a formação de um novo governo,Artur Mas permanece como presidente da Catalunha. (Foto: Foto: Junts pel Sí 27/09/2015/Fotos Públicas)

Os militantes da esquerda anticapitalista adiaram para o próximo sábado (2) a decisão sobre se apoiam a formação de um novo governo na Catalunha, chefiado pelo liberal Artur Mas, para avançar em direção à independência desta rica região do nordeste da Espanha.

Os independentistas conquistaram maioria absoluta no Parlamento catalão após as eleições regionais no dia 27 de setembro, o que lhes permitiu aprovar uma polêmica moção que declarou o início de um processo de secessão nesta rica região de 7,5 milhões de habitantes e sua insubmissão às instituições espanholas.

Mas foram incapazes de formar governo pelas divergências ideológicas entre a coalizão Juntos por el Sí (62 deputados) e a anticapitalista Candidatura de Unidade Popular (10 deputados).

O Juntos por el Sí (Juntos pelo Sim) precisa de ao menos dois deputados da CUP para reeleger o presidente em fim de mandato Artur Mas, mas a esquerda radical exige um plano de medidas sociais e uma figura de consenso para liderar o governo regional.

Após dez horas de debate e votações neste domingo (27) em Sabadell, uma pequena cidade 30 km ao norte de Barcelona, os delegados da CUP - contrários à União Europeia e à Otan - ficaram totalmente divididos: 1.515 votos a favor e 1.515 contra a coalizão com o Juntos por el Sí. No dia 2 de janeiro, o conselho político da CUP deve se reunir com representantes das associações territoriais e das diferentes agrupações políticas que as integram para tomar a decisão final.

Nesta semana, a coalizão apresentou sua proposta com medidas para lutar contra a pobreza infantil e os despejos e paralisar algumas privatizações. No entanto, manteve a candidatura de Artur Mas, criticado pela CUP pelas políticas de austeridade e pelos escândalos de corrupção em seu partido.

O imprevisível resultado mantém em suspense a região que, se até 9 de janeiro não conseguir se dotar de um novo governo, deverá realizar novas eleições. Por sua vez, se a CUP validar a proposta, Artur Mas pode tomar posse até o fim do ano e começar a mobilizar seu plano para declarar a independência da Catalunha em um prazo máximo de 18 meses.

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