A forte nevasca que atinge os estados da costa leste americana desde a noite de quinta-feira parou Nova York ontem. O aeroporto JFK foi fechado já nas primeiras horas, levando ao cancelamento de pelo menos 120 voos, e as escolas públicas tiveram as aulas canceladas.
Poucos se arriscaram a sair às ruas depois que o governo do Estado declarou estado de emergência. O mesmo ocorreu no vizinho Nova Jersey. A expectativa é que o mau tempo mude a rotina de cerca de 100 milhões de pessoas em 22 estados.
Em Nova York, a neve acumulada no Central Park ultrapassava 15 centímetros por volta das 7h (10h no Brasil). Em outros estados, como Massachusetts, a neve chegou a acumular 60 centímetros. A temperatura pela manhã em Nova York foi de -12º C, mas a sensação térmica, com o vento, chegou a -20º C, na rua. Havia a expectativa de que a tempestade de neve começasse a diminuir à tarde.
Algumas das principais estradas do estado de Nova York foram fechadas durante a noite e alguns trens urbanos nas proximidades da cidade de Nova York operavam com escala reduzida. Equipes faziam buscas nas ruas de Nova York e Boston à procura de sem-teto que corriam o risco de morrer congelados.
Em seu primeiro dia oficial de trabalho, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, pediu que a população não saísse de casa. "Esta é a primeira de muitas vezes que eu direi: Por favor, fiquem em casa. Não fiquem nos seus carros. Se vocês não precisarem sair, por favor não saiam."
Os governadores de Nova York, Andrew Cuomo, e Nova Jersey, Chris Christie, dispensaram funcionários não essenciais de trabalharem nas repartições públicas.
Segundo o site Flight Aware, que mapeia a situação dos voos, cerca de 1,3 mil foram cancelados no país ontem por causa da nevasca. Na quinta-feira, haviam sido 2,2 mil. Os atrasos atingiram cerca de 7 mil voos.