Um terremoto de magnitude 6,8 atingiu Mianmar na quinta-feira, perto da fronteira com o norte da Tailândia, causando a morte de uma mulher, informaram a polícia e testemunhas.
Testemunhas afirmaram que os tremores foram sentidos em Bangcoc, na região central de Mianmar e até mesmo em Hanói, capital do Vietnã, onde as pessoas foram retiradas dos edifícios mais altos.
A polícia informou que uma mulher de 53 anos em Mae Sai, na província de Chiang Rai, morreu quando o muro de sua casa desmoronou. Funcionários de hospitais afirmaram que não ocorreram outras mortes.
O epicentro do terremoto foi registrado 111 quilômetros ao norte da cidade de Chiang Rai, na província mais ao norte da Tailândia.
"Em meus 40 anos, nunca senti um terremoto tão forte. Um vidro quebrou e eu tive de segurar em um pilar", disse à Reuters por telefone a professora aposentada Thanawan Sisukniyom, de Mae Sai.
Testemunhas em Chiang Mai, a segunda maior cidade do país, não relataram a ocorrência de danos imediatos, mas disseram que o terremoto foi forte.
Uma testemunha da cidade de Tachilek, em Mianmar, que faz fronteira com Chiang Rai, disse que motocicletas estacionadas tombaram e que eram vistas rachaduras nas estradas.
A televisão TPBS informou que a eletricidade foi cortada em partes de Mae Sai. O terremoto ocorreu a uma profundidade de 10 quilômetros.
A província de Chiang Rai é uma região montanhosa e escassamente povoada, que faz parte do famoso "Triângulo Dourado", conhecido pelo cultivo de ópio, situada na área onde se encontram Mianmar, Laos e Tailândia.
Somchai Baimuang, diretor adjunto do departamento meteorológico da Tailândia, pediu para que a população não entrasse em pânico.
"É muito cedo para dizer se houve algum dano", disse ele à Reuters. "Réplicas podem acontecer nos próximos dois dias."
Moradores deixaram suas casas na capital de Mianmar, Nay Pyi Taw, e na maior cidade do país, Yangon. Não havia notícias de mortos ou feridos.
"Muitas pessoas saíram de suas casas e deitaram no chão longe dos edifícios. Ainda estamos sentados no chão, pois há muitas réplicas", disse à Reuters por telefone um morador de Kentung, situada 50 milhas a oeste do epicentro.