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Um violento tremor de magnitude 7,7 atingiu o norte do Chile na quarta-feira, matando duas pessoas, ferindo 117, danificando prédios e paralisando as operações em algumas das maiores minas de cobre do mundo.

A notícia da falta de energia nas minas fez o cobre subir até 6,29 por cento na Bolsa Mercantil Comex de Nova York, cotado a 3,304 dólares por libra (454 gramas).

O terremoto fez prédios tremerem em Santiago, 1.400 quilômetros ao sul do epicentro, e foi sentido também na Bolívia, no Peru e até em andares altos de alguns bairros de São Paulo.

Duas mortes já foram confirmadas e pelo menos 117 pessoas ficaram feridas no desabamento de telhados e sacadas de prédios mais antigos e frágeis, principalmente em Tocopilla, 120 quilômetros ao norte de Antofagasta, principal cidade da região.

As TVs mostraram carros esmagados sob a marquise de concreto de um hotel em Antofagasta, cidade que ficou sem energia e telefone. Assustados, os moradores foram para o meio das ruas.

"As pessoas correram porque o terremoto foi prolongado. Houve muito alarme, mas não houve danos materiais nem humanos", disse o policial Hernán Tamayo em Arequipa, já perto da fronteira com o Peru.

O Serviço Geológico dos EUA disse que o foco do terremoto aconteceu a 60 quilômetros de profundidade, 106 quilômetros a oeste da cidade de Calama, às 12h40 (13h40 em Brasília).

A agência inicialmente disse ter medido uma magnitude 7,8, depois corrigida para 7,7.

Às 15h44 (hora de Brasília) ouve um segundo terremoto, de magnitude 5,7, com foco a 41 quilômetros de profundidade, 58 quilômetros a noroeste de Antofagasta, segundo o Serviço Geológico dos EUA.

A área tem muitas minas importantes de cobre, metal do qual o Chile é o maior produtor mundial (mais de um terço do fornecimento global).

A mineradora BHP Billiton disse que as minas Escondida, Spence e Cerro Colorado pararam por falta de eletricidade.

A Freeport-McMoRan Copper & Gold informou que as operações na mina de Candelária já haviam sido retomadas, mas que a mina El Abra continuava sem energia.

A estatal Codelco disse que sua maior divisão, a Codelco Norte, ficou duas horas paralisada após o terremoto.

As grandes minas do sul do Peru disseram que não foram afetadas.

As autoridades chilenas afastaram a hipótese de um tsunami na costa do Pacífico, onde chegou a haver um alerta de maremoto.

O Chile fica num encontro de placas tectônicas, parte do chamado "Anel de Fogo" do Pacífico, e por isso é muito propenso a terremotos - inclusive o mais violento da história moderna, o de magnitude 9,5, que em 1.960 matou milhares de pessoas em Valdivia.

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