Equipes de resgate fortaleceram barragens improvisadas e fizeram muros com sacos de areia ao redor de Bangcoc neste sábado (15), em meio às as piores enchentes em 50 anos no país, que ameaçavam atingir a capital tailandesa após inundar províncias inteiras na região norte. A primeira-ministra Yingluck Shinawatra buscou tranquilizar a população de 12 milhões na capital, afirmando que a maioria estaria segura diante das enchentes que assolaram um terço da Tailândia desde julho, matando ao menos 297 pessoas, deixando 3 bilhões de dólares em danos e transformando vilarejos e parques industriais em lagos. O norte, nordeste e centro da Tailândia foram as regiões mais atingidas e Bangcoc -- onde a maior parte da cidade está a apenas dois metros acima do nível do mar -- está em risco por conta das águas que transbordam os reservatórios no norte e devem sobrecarregar o rio Chao Phraya, que atravessa em meandros a cidade de alta densidade populacional. Yingluck disse que Bangcoc está mais protegida depois que autoridades levantaram barragens nas três áreas externas. A água liberada de diversas barragens devem reduzir as chances de enchentes, disse Yingluck, enquanto a água que escoa do norte do país se aproxima de Bangcoc durante o final de semana, coincidindo com marés alta que impedem o fluxo de água para o mar. Apesar das garantias das autoridades, moradores armazenaram garrafas de água, macarrão instantâneo, arroz e enlatados, esvaziaram as prateleiras de alguns dos principais mercados. Muitos estacionaram seus carros em estacionamentos elevados, ou empilharam sacos de areia em frente de lojas e casas. Vinte e cinco das 77 províncias da Tailândia estão inundadas, com 1,62 milhões de hectares de terras agrícolas submersas -- cerca de 16 vezes o tamanho de Hong Kong. Quase 800 mil casas foram destruídas ou danificadas, e milhares de pessoas estão lotando os abrigos. "Estamos protegendo áreas estratégicas para a economia como zonas industriais, a parte central de todas as províncias e a capital tailandesa, além do aeroporto Suvarnabhumi, propriedades industriais e centros de abrigo", afirmou Yingluck, referindo-se ao aeroporto internacional.
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