No aeroporto de Heathrow, em Londres, passageiro observa painel de voos, que foram cancelados por causa da neve| Foto: REUTERS/Luke MacGregor

A Europa não teve refresco neste domingo das nevascas que fecharam aeroportos e atrapalharam muitas viagens no fim de semana anterior ao Natal, tradicionalmente um dos períodos mais movimentados do ano.

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O aeroporto de Heathrow, em Londres, o mais movimentado da Grã-Bretanha e que teve de fechar suas duas pistas por grande parte do sábado devido à nevasca, não está aceitando pousos neste domingo e afirmou que poucos aviões poderão decolar.

Cerca de 30 toneladas de neve estão sendo retiradas de cada estacionamento de aeronaves, mas o gelo tornou perigosa a movimentação dos aviões.

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A pista do segundo aeroporto mais movimentado de Londres, o de Gatwick, está aberta, mas milhares de passageiros tinham de aceitar os atrasos e cancelamentos de voos, como na maioria dos aeroportos britânicos.

Na Alemanha, a Fraport, operadora do aeroporto de Frankfurt, afirmou que 470 voos foram cancelados neste domingo até agora e que há a expectativa da piora das condições climáticas no decorrer do dia.

A neve cobriu o norte da França, atrasando a programação de trens e forçando o cancelamento de voos.

Nos aeroportos de Roissy-Charles de Gaulle e Orly, em Paris, onde 700 mil passageiros eram esperados, um quarto dos voos foi cancelado, e os atrasos estavam, em média, em uma hora.

O secretário de Estado da França para o Transporte, Thierry Mariani, pediu que os franceses evitem dirigir, depois que o governo recebeu fortes críticas neste mês por não estar melhor preparado para uma tempestade de neve que deixou muitas pessoas presas em seus próprios carros.

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Os trens TGV de alta velocidade da França estão cerca de 20 minutos atrasados neste domingo. Durante o período de festas, a expectativa é de que 2,4 milhões de pessoas usem o sistema de trens.

O secretário de Transportes britânico, Philip Hammond, afirmou que pediu ao conselheiro científico do governo que avalie se o país está vivenciando uma "mudança radical" nos padrões do tempo devido às mudanças climáticas e se é necessário gastar mais dinheiro com os preparativos para o inverno.

A Grã-Bretanha tradicionalmente tem invernos moderados, mas o do último ano foi o mais frio em 30 anos e este mês de dezembro deve ser o mais gelado desde 1910.