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Fósseis de dinossauros preservam células aparentes de sangue vermelho e colágeno

Eles se pareciam, como disse um pesquisador, com “lixo”: oito fósseis de dinossauros aparentemente pouco importantes do Período Cretáceo que estavam em uma coleção de um museu em Londres por mais de um século após serem descobertos no Canadá.

Mas um novo exame revelou que os fósseis de 75 milhões de anos podem ser bastante notáveis, apresentando estruturas microscópicas que parecem ser células de sangue vermelho contendo núcleos e fibras de colágeno, disseram cientistas nesta terça-feira.

É extraordinariamente raro que tais estruturas antigas de tecido mole sejam preservadas como fósseis, e algumas das poucas descobertas semelhantes no passado foram recebidas com dúvidas.

A descoberta torna-se ainda mais surpreendente se considerado que estes fósseis fragmentados, de diversos dinossauros, não estão especialmente bem-preservados como outros que tinham esses restos de tecido mole, disseram os pesquisadores.

Eles conduziram uma série de exames utilizando sofisticados microscópios e amostras fatiadas, usando um feixe de íon focado a fim de averiguar as estruturas internas.

“Nós tentamos aplicar a quantidade certa de ceticismo, mas sim, eu acho que é justo dizer que nenhum de nós pode considerar nada além do que estas estruturas podem ser”, disse a paleontóloga Susannah Maidment, referindo-se ao outro líder do estudo na Universidade College London, o cientista biomédico Sergio Bertazzo.

Células aparentes de sangue vermelho foram encontradas em uma garra que pode ser um membro do carnívoro gorgossauro, que chegava a nove metros de altura.

Outros fósseis da coleção do Museu de História Natural de Londres parecem ter preservado restos de colágeno, a principal proteína estrutural em vários tipos de tecido, incluindo em osso e pelo, e fragmentos de aminoácidos.

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