Um estudo publicado na edição desta quinta-feira da revista científica britânica "Nature" lança uma nova luz sobre a origem dos vertebrados terrestres. Pesquisadores do Museu Victoria, em Melbourne, na Austrália, descobriram um fóssil de peixe de 380 milhões de anos com características importantes dos futuros anfíbios, embora ainda primitivo em outros aspectos.
O animal, batizado de Gogonasus, apresenta características semelhantes às do Tiktaalik, mistura de peixe com vertebrado de 375 milhões de anos, com "patas" e um pequeno pescoço ligando a cabeça ao corpo, e que até então vinha sendo chamado de "elo perdido" da história evolutiva.
Só que, além dessas característica, o fóssil recém-descoberto também apresenta uma considerável abertura na parte de trás do crânio, o que sugere uma evolução rumo ao desenvolvimento do ouvido médio, uma característica que o aproxima mais dos anfíbios que dos peixes primitivos.
O fóssil, que foi descoberto em 2005 em um antigo arrefice de corais em Kimberley, no norte da Austrália, está em excelente estado de conservação.
- É um dos fósseis mais perfeitos e completos jamais decobertos no mundo - disse o pesquisador John Long, que liderou as buscas e assina o estudo.
- À primeira vista, qualquer pessoa diria se tratar de um peixe comum. Mas ao observar atentamente os ossos do animal, percebe-se que as suas barbatantas são bastante avantajadas, quase como os ossos das extremidades dos anfíbios.
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