Em 2011, a Usina Nuclear de Fukushima, no Japão, sofreu os efeitos de um terremoto de 8,9 graus na escala Richter que atingiu o país. O fenômeno resultou em um desastre nuclear após vazamentos e explosões radioativas, e o risco de contaminação fez com que toda a população em um raio de cerca de 32 quilômetros do local do acidente fosse evacuada.
Determinado a averiguar a situação do desastre após os cinco anos que se passaram, o fotógrafo japonês Keow Wee Loong decidiu se arriscar e ir até a cidades de Namie, Okuma e Futaba, algumas das afetadas pela radiação. Segundo um post no Facebook de Loong, bairros e cidades afetadas pelo acidente permanecem abandonados. Muitos dos objetos e pertences ficaram intocados e os locais se tornaram cidades fantasma.
O fotógrafo adentrou a chamada “zona vermelha” do acidente às 2 horas da manhã, se infiltrando por meio de uma floresta para evitar os policiais nas estradas. O acesso, proibido sem autorização, o levou até uma região deserta. “Quando eu entrei na zona vermelha senti uma queimação em meus olhos e um cheiro denso de químicos no ar”, escreveu.
Durante o trajeto, Loong encontrou comida, dinheiro, laptops e outros itens valiosos, e relatou estar “surpreso que ninguém saqueou essas cidades”.
“Os níveis de radiação de Fukushima continuam altos na zona vermelha”, explicou Loong, que destaca os “efeitos devastadores do uso de energia nuclear”. O motivo da missão do fotógrafo, de acordo com a postagem, é divulgar o perigo da utilização da energia nuclear.
O álbum no Facebook com as imagens da jornada do fotógrafo, publicadas no último domingo (10) teve mais de 68 mil compartilhamentos e quase 7 mil comentários.
Colaborou: Cecília Tümler
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