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Um acordo para a transição de poder no Iêmen fracassou no último minuto nesta quarta-feira, apesar da pressão dos Estados Unidos para que o presidente Ali Abdullah Saleh assinasse um tratado acertado por mediadores do Golfo para encerrar seu governo.

Intensas negociações diplomáticas entre representantes do Ocidente e do Golfo para resolver a disputa de três meses chegaram a um acordo inicial de transição de poder que dava fim ao regime de Saleh dentro de um mês, segunda uma autoridade da oposição.

Mas em uma nova reviravolta, impasses de última hora sobre detalhes inviabilizaram o acordo, que concedia imunidade a Saleh de processos jurídicos, permitindo-lhe uma saída digna do poder no Estado da Península Arábica que ele governa há quase 33 anos.

Uma autoridade do governo disse à Reuters que um acordo ainda é possível. "Ainda há um vislumbre de esperança", disse ele.

Mas um líder do bloco formado pelos vizinhos do Golfo que estava intermediando o acordo deixou Sanaa sem que nada fosse assinado, uma atitude que sugere que as duas partes ainda estão distantes de um consenso.

Os Estados Unidos e a gigante do petróleo Arábia Saudita, ambos alvos de ataques frustrados do braço da Al Qaeda no Iêmen, estão ansiosos para ver o fim do impasse político no país, temendo que o caos possa dar ao grupo militante mais espaço para agir livremente.

Alguns analistas políticos duvidam que o acordo, que ajudaria a dar fim a três meses de protestos de rua que paralisaram a economia do Iêmen, possa ser realmente fechado. Dois acordos anteriores fracassaram no último minuto.

"Só vou acreditar quando vir, é isso que aprendemos com o Iêmen. Todos pensaram que o acordo seria fechado há algumas semanas, mas Saleh encontrou uma maneira de voltar atrás na última hora", disse Shadi Hamid, analista do Centro Brookings Doha.

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