O presidente da Síria, Bashar al-Assad, "se dispõe a cometer novos massacres contra seu povo" em Aleppo, alertou nesta sexta-feira (27) o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da França, Bernard Valero.
"Ao acumular meios militares pesados ao redor de Aleppo, Bashar se dispõe a cometer novos massacres contra seu povo", disse Valero. O exército sírio acumulava nesta sexta-feira enormes recursos logísticos para uma batalha crucial nos arredores de Aleppo, a segunda cidade mais importante do país.
Nesta sexta-feira, helicópteros das forças do regime atacavam com metralhadoras alguns bairros de Aleppo e havia concentração de tropas nos arredores da segunda cidade e capital econômica da Síria diante da perspectiva de uma batalha crucial entre o regime e os rebeldes.
A França, que continua exigindo a saída do presidente sírio, convocou "o fim da violência e da utilização de meios pesados pelo regime".
A Grã-Bretanha, por sua vez, também alertou para um desastre humanitário em Aleppo, em meio aos temores de um ataque pelas forças do regime.
"Esta escalada de violência totalmente inaceitável do conflito pode desencadear uma devastadora perda de vidas civis e uma catástrofe humanitária", afirmou o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague.
Já o general norueguês Robert Mood, ex-chefe dos observadores das Nações Unidas na Síria, considerou nesta sexta-feira que a queda do presidente sírio Bashar al-Assad era apenas uma questão de tempo, mas que existia o risco de que não fosse suficiente para colocar fim à guerra civil.
"Cedo ou tarde o regime cairá", declarou à AFP o general norueguês, cujo mandato na liderança de 300 observadores terminou na semana passada, em um contexto de aumento da violência.
"A espiral da violência, as reações desproporcionais do regime, sua incapacidade para proteger a população civil, fazem com que os dias do regime de Assad estejam contados, mas 'cairá em uma semana ou em um ano? É uma pergunta a qual não nos atrevemos a responder", acrescentou Mood.
Segundo ele, a queda de um regime atacado por uma rebelião dividida e militarmente inferior "sempre é Davi contra Golias", e não é necessariamente sinônimo do fim da guerra civil.
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