Veja que França comemora 220 anos da Queda da Bastilha
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Em um fato sem precedentes, o tradicional desfile da Queda da Bastilha em Paris contou nesta segunda-feira (14) com a presença de dezenas de chefes de Estado e de governo e do secretário-geral das Nações Unidas, convidado de honra.
Cerca de 40 dirigentes que participaram domingo na capital francesa da reunião de cúpula de inauguração da União pelo Mediterrâneo foram convidados para a parada militar, entre os quais estava o polêmico presidente sírio Bachar al-Assad.
Outro fato sem precedentes foi o desfile de dois contingentes de capacetes azuis e a presença do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
O feriado foi comemorado com uma parada militar e com um show aéreo. O presidente Nicolas Sarkozy comandou a festa. A queda da Bastilha foi a revolta da burguesia contra o poder absoluto dos reis.
E com o lema liberdade, igualdade e fraternidade inspirou gerações a lutar por estados democráticos e por direitos humanos.
Protestos
Jovens franceses atearam fogo em 317 carros e feriram 13 policiais nos já tradicionais episódios de violência na véspera das celebrações anuais do Dia da Bastilha, informou nesta terça-feira (14) a polícia da França, que prendeu 240 pessoas. Enquanto as tropas do país se preparavam para o desfile militar de 14 de julho nos Campos Elísios, as periferias das grandes cidades do país passavam por uma noite de distúrbios. O quartel-general da polícia registrava 317 carros incendiados (6,7% a mais do que em 2008) e 240 prisões, quase o dobro do total do mesmo período do ano passado. A expectativa é a de que esses números aumentem ainda mais à medida que as autoridades francesas recebam novas informações.
A França celebra nesta terça-feira (14) mais um aniversário do 14 de julho de 1789 dia em que uma multidão invadiu a prisão parisiense da Bastilha promovendo o episódio que entrou para a história como a Queda da Bastilha, que desencadeou os acontecimentos que viriam a derrubar a monarquia francesa. Nos últimos anos, jovens marginalizados das periferias das grandes cidades francesas têm aproveitado a data para expor sua frustração com os altos índices de desemprego e a dificuldade da França em integrar as minorias étnicas.