A França retirou nesta terça-feira (9) os primeiros 100 soldados do seu contingente desdobrado no Mali, onde o Exército francês intervém desde janeiro para frear o avanço dos islamitas.
Após passar por Abidjan, o primeiro contingente francês desmobilizado chegou hoje a Paphos, no Chipre, onde descansará por três dias antes de retornar à França, informou o Estado-Maior.
Trata-se de militares de unidades de paraquedistas que operavam na região de Tessalit, no nordeste do Mali, onde ocorreram violentos combates contra as tropas islamitas em fevereiro e março, assinalou o porta-voz do Estado-Maior, o coronel Thierry Burkhard.
O presidente da França, François Hollande, anunciara que as tropas francesas começariam a retirar-se do Mali em abril e que seu contingente no Mali deveria ficar reduzido a dois mil soldados em julho.
No total, a França contava com pouco mais de quatro mil militares no Mali antes dessa primeira retirada de tropas, dos quais cinco morreram em combate desde janeiro.
Segundo dados proporcionados no final de março pelo Exército malinês, também morreram desde o início do conflito pelo menos 63 soldados do país e cerca de 600 rebeldes islâmicos, aos quais é preciso somar 26 soldados de Chade, dois de Togo e um de Burkina Faso.
A ofensiva lançada no início de janeiro pelo grupo armado tuaregue de corrente islamita sunita Ansar al Din contra várias localidades no centro do país levou Bamaco a solicitar apoio militar a Paris.
Junto ao contingente da França combateram 6.300 soldados africanos, sendo dois mil deles enviados pelo Chade.
Em poucas semanas, a intervenção militar francesa conseguiu frear o ataque rebelde e recuperar o controle das principais cidades desta vasta região malinesa conhecida como Azawad.
Na semana passada, a França propôs às Nações Unidas e ao Governo do Mali manter de maneira permanente um contingente de 1 mil militares franceses no país para colaborar na luta contra o terrorismo. A ONU estuda enviar 11.200 capacetes azuis à região e 1.400 policiais.