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Os eleitores franceses votam neste domingo para escolher o novo presidente, em eleição dominada pelo líder das pesquisas, Nicolas Sarkozy, de direita, e pela socialista Segolene Royal, que espera tornar-se a primeira mulher eleita chefe do Estado.

Sarkozy, ex-ministro do Interior durão, esteve sempre na frente dos outros 10 candidatos durante a campanha. Mas nenhum deles parece estar a caminho de ganhar maioria absoluta, o que torna provável a realização de um segundo turno em 6 de maio.

A campanha foi dominada por pedidos de mudança, depois de 12 anos de governo conservador do presidente Jacques Chirac, que deixou um dos países mais ricos do mundo dividido e carente por reformas econômicas, criação de empregos e autoconfiança.

Sarkozy, 52, prometeu romper com o passado e reprimir o crime e a imigração ilegal. Royal, 53, prometeu reunir o país e construir uma França "mais forte e justa", em que todos os cidadãos seriam iguais.

A participação estava em mais de 31 por cento ao meio-dia (horário local), no índice mais alto neste horário desde 1981, e cerca de 10 pontos acima do comparecimento no mesmo horário na última eleição presidencial, em 2002, disse o Ministério do Interior.

A alta no índice de participação acontece depois do grande aumento no registro de eleitores antes da eleição e reflete a preocupação de que a apatia possa provocar outra surpresa, depois da passagem do líder de extrema direita Jean-Marie Le Pen ao segundo turno em 2002.

As últimas pesquisas sugerem que um terço dos 44,5 milhões de eleitores estavam indecisos, o que animou as esperanças do centrista Francois Bayrou, que está em terceiro lugar, e de Le Pen, em quarto na maioria das pesquisas.

Sarkozy sorriu ao votar com sua mulher, Cecilia. A aparição conjunta parece ter tido a intenção de responder às insinuações de rivais de que o casamento estava abalado.

"O que é muito importante é que os franceses votem em grandes números, que é um grande momento para a democracia francesa", disse ele a repórteres no subúrbio de Neuilly, em Paris.

A campanha foi calma, mas duas bombas explodiram durante a noite na cidade portuária de Bastia, na Córsega, ferindo uma pessoa. As explosões ocorreram depois dos conflitos em uma manifestação separatista na ilha, em que cinco policiais ficaram feridos.

As primeiras pesquisas indicando os resultados devem sair no final da votação, às 20h (15h em Brasília).

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