Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Se Dinamarca solicitar

França considera enviar tropas à Groenlândia após declarações de Trump

O presidente da França, Emmanuel Macron, se reunirá em Paris com a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, nesta terça-feira (28) (Foto: EFE/EPA/TERESA SUAREZ/POOL)

Ouça este conteúdo

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, afirmou em entrevista à emissora Sud Radio, nesta terça-feira (28), que o país europeu considera enviar tropas à Groenlândia, se houver um pedido expresso da Dinamarca nesse sentido, após as recentes declarações do presidente americano Donald Trump.

"Por que não?", questionou Barrot, antes de enfatizar que o governo de Paris começou a discutir essa questão com as autoridades dinamarquesas. "As fronteiras da União Europeia (UE) não são negociáveis" e "se a Dinamarca solicitar a solidariedade da UE, a França responderá presente", disse o ministro do governo de Emmanuel Macron.

Apesar da sugestão, não houve qualquer solicitação da Dinamarca nesse sentido. O país já descartou a possibilidade de os Estados Unidos "invadirem" ou "comprarem" a ilha ártica que o presidente americano, Donald Trump, considera estratégica para seu país.

"Para a Dinamarca, isso não é uma questão para agora", disse o chefe da diplomacia francesa, que, ao responder à pergunta sobre o que aconteceria se os EUA invadissem a Gronelândia, comentou que "isso não vai acontecer" e que "ninguém tem interesse na invasão de um território da UE".

As declarações de Barrot foram feitas poucas horas antes do presidente Macron se encontrar em Paris com a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, depois que seu governo anunciou nesta segunda-feira (27) que iria fortalecer seu dispositivo de defesa no Ártico com navios, drones e satélites aos quais dedicará cerca de 2 bilhões de euros.

O encontro entre Macron e Frederiksen estará centrado, segundo o Palácio do Eliseu, em questões de competitividade europeia, descarbonização, redução da dependência industrial europeia, mas também na questão da segurança e defesa europeia com vista à preparação da próxima cúpula da UE em 3 de fevereiro.

Antes de assumir o cargo, Trump disse que não descartaria o uso de força militar ou sanções econômicas para ter o controle da Groenlândia, uma ilha que pretendia comprar da Dinamarca por acreditar que é estratégica para a segurança dos EUA.

Trump criticou neste domingo (26) as medidas recentes adotadas pela Dinamarca para reforçar a segurança na Groenlândia, e reafirmou a intenção de os EUA assumirem o controle da ilha ártica.

"Eles colocaram dois trenós puxados por cães lá duas semanas atrás e acharam que isso era proteção. Acreditamos que teremos a Groenlândia porque está relacionada à liberdade mundial, não apenas aos Estados Unidos"v

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.