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França continua caçada aos suspeitos do atentado à revista Charlie Hebdo

No segundo dia de caçada aos suspeitos do atentado à Charlie Hebdo, policiais seguiram os rastros dos terroristas até a região nordeste de Paris | Christian Hartmann/Reuters
No segundo dia de caçada aos suspeitos do atentado à Charlie Hebdo, policiais seguiram os rastros dos terroristas até a região nordeste de Paris (Foto: Christian Hartmann/Reuters)

Enquanto os franceses prestavam homenagens aos 12 mortos e 11 feridos no atentado à revista Charlie Hebdo, na quarta-feira, 88 mil agentes passaram o dia e a noite de ontem em uma caçada aos principais suspeitos do ataque os irmãos Chérif e Said Kouachi, de 32 e 34 anos, respectivamente. Até o fechamento desta edição, as buscas ainda estavam em curso, sem resultados.

Na capital, 400 policiais e soldados foram deslocados para incrementar a vigilância em centros públicos e edifícios turísticos. Já a polícia antiterrorismo da França convergiu ontem para uma região a nordeste de Paris, depois que os dois irmãos suspeitos foram vistos em um posto de gasolina em uma estrada próxima a Villers Cotterêts, no departamento de Aisne, a 70 quilômetros de Paris.

O gerente do posto de gasolina da rede Avia reconheceu os dois homens, que estavam encapuzados e fortemente armados antes de fugir no carro com o qual tinham chegado, um Renault Clio cinza, que abandonaram nas proximidades.

Agentes de diversos corpos de elite das forças da ordem francesas foram desdobrados pela zona para tentar localizá-los, apoiados por helicópteros. Além disso, nas entradas ao norte de Paris foram colocados controles com policiais armados com fuzis, perante a possibilidade de que tentassem voltar à capital.

Na noite de quarta-feira, Hamyd Mourad, de 18 anos, suspeito de ter dirigido o carro no qual os dois atiradores fugiram, se apresentou a uma delegacia em Charleville-Mézères, a 230 quilômetros a noroeste de Paris, depois de ver seu nome circulando nas redes sociais.

Além de Mourad, cunhado de um dos suspeitos, autoridades francesas disseram que 90 testemunhas foram interrogadas e nove pessoas detidas em conexão com o ataque ao jornal de humor.

Na manhã de ontem, uma policial de 35 anos foi morta em um tiroteio no sul de Paris. Testemunhas afirmaram que o atirador estava encapuzado e conduzia um veículo Clio branco. O carro foi localizado depois pela polícia. O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, esteve no local. As autoridades, no entanto, não estabeleceram relação do incidente com a tragédia no Charlie Hebdo.

À noite, pelo menos um carro-bomba explodiu na cidade de Villejuif, na periferia de Paris. De acordo com o jornal Le Monde, não houve feridos.

Anti-islamismo

O ataque levantou preocupações sobre a segurança em países de todo o mundo. Líderes muçulmanos condenaram o tiroteio, e alguns relataram o temor sobre um surto de sentimento anti-islâmico na França, país de grande população muçulmana.

Na madrugada de ontem, uma granada explodiu em um edifício onde fica uma mesquita em Le Mans, no oeste do país, explicou uma fonte ao site Le Maine Libre.

Os investigadores descobriram que uma granada explodiu contra a parede e um vidro havia sido perfurado por uma bala.

Em Port la Nouvelle (sul), uma sala usada por muçulmanos para rezar foi alvo de disparos de balas de chumbo na noite de quarta-feira. No começo da manhã de ontem, em Villefranche sur Saône, perto de Lyon (leste), um restaurante próximo à mesquita da cidade registrou a explosão de uma bomba artesanal, segundo uma fonte da polícia ao jornal 20 Minutes.

O papa Francisco celebrou uma missa em memória das vítimas do massacre, condenando a "crueldade humana". Ele pediu orações para as vítimas no início da missa e disse "pedimos para aqueles que são cruéis para que o Senhor possa mudar o seu coração."

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