A Assembleia Nacional da França deve aprovar uma resolução contra o véu islâmico que cobre o rosto inteiro das mulheres e, então, votar a mais severa lei que proíbe o uso da peça por mulheres, propôs uma comissão parlamentar nesta terça-feira.

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Apresentando conclusões após seis meses de audiências, o painel também sugeriu proibir que mulheres estrangeiras obtenham visto ou cidadania francesa se insistirem em cobrir seus rostos.

Mas o grupo não chegou a um acordo sobre proibir completamente o uso dos véus, conhecidos também como burcas, ou restringi-los em prédios públicos, já que alguns membros argumentaram que uma proibição total seria inconstitucional.

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"O véu completo representa em uma maneira extraordinária tudo o que a França espontaneamente rejeita", disse o presidente da Assembleia Nacional, Bernard Accoyer, na apresentação do relatório da comissão.

"É um símbolo da subjugação das mulheres e a bandeira do fundamentalismo extremista".

Apesar de não terem defendido o uso do véu islâmico integral, líderes da minoria muçulmana de cinco milhões de pessoas disseram que uma proibição legal seria excessiva, já que menos de 2.000 mulheres afirmam usá-lo.

Jamel Debbouze, famoso comediante parisiense de origem marroquina, condenou o plano como xenofóbico. "As pessoas que vão por esse caminho são racistas", disse à rádio francesa.

A questão envolvendo o véu islâmico está relacionada a outro polêmico debate sobre identidade nacional que o governo lançou a poucos meses das eleições regionais, em março.

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Defensores da proibição argumentam que funcionários públicos necessitam de uma lei que permita a recusa de mulheres que não podem ser identificadas pelo véu islâmico ao solicitar serviços municipais, como auxílio médico, infantil ou transporte público.

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