A França poderá iniciar operações militares contra a Líbia dentro de horas, depois que o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução permitindo esse tipo de ação, disse nesta sexta-feira o porta-voz do governo, François Baroin.
O presidente Nicolas Sarkozy reuniu-se com seu ministro da Defesa, primeiro-ministro e chefe das Forças Armadas, em busca de apoio para seu plano de sediar negociações entre autoridades da União Europeia, a União Africana e a Liga Árabe nesse sábado.
"Os franceses, que estavam à frente dos pedidos (pela medida), serão, obviamente, consistentes com a intervenção militar", disse Baroin à rádio RTL. "Os ataques ocorrerão em breve."
Ao ser questionado sobre que tipo de operações seriam realizadas, ele disse que a França participaria de operações para prestar assistência à insurgência rebelde e que não haveria uma ocupação no país do Norte da África.
Segundo especialistas em Defesa, a França e a Grã-Bretanha poderiam lançar nas próximas horas uma rápida operação conjunta, atacando a força aérea de Gaddafi. A implementação de uma zona de exclusão aérea ou a coordenação com outros países exigiria maior planejamento.
"Para monitorar o céu líbio, em outras palavras, estar lá permanentemente, é mais complicado, mas destruir a força aérea Líbia poderia levar alguns dias", disse Jean-Dominique Merchet, autor do blog francês "Defesa Secreta".
O Conselho de Segurança da ONU autorizou na noite de quinta-feira uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, e ataques militares poderiam frear o avanço das forças de Muammar Gaddafi, horas depois que o líder líbio ameaçou atacar a base rebelde de Benghazi.
Fontes diplomáticas da França disseram que a Grã-Bretanha, possivelmente os Estados Unidos e um dos estados árabes poderiam se unir à operação, e a cooperação seria detalhada em uma reunião que Sarkozy espera realizar neste final de semana.
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