Uma série de prisões e apreensões de armas na França nas últimas semanas representou um duro golpe ao grupo separatista basco ETA, mas os militantes ainda representam uma ameaça, afirmaram autoridades francesas e espanholas na quarta-feira.
Neste mês, a polícia francesa prendeu três suspeitos de pertencer ao ETA, armados, em uma estação de esqui. Em seguida, descobriu 12 esconderijos de armas e explosivos em regiões isoladas do sul da França.
"Esses achados privam o ETA de um arsenal," disse a jornalistas o ministro do Interior francês, Brice Hortefeux, após uma reunião em Paris com o ministro do Interior espanhol, Alfredo Perez Rubalcaba.
Outras operações bem-sucedidas são aguardadas para os próximos dias, afirmou ele, sem fornecer detalhes.
Rubalcaba elogiou a cooperação entre os serviços de segurança franceses e espanhóis.
"Isso nos permitirá resolver esse problema muito em breve, que é o problema mais significativo enfrentado pela Espanha neste momento: o problema do ETA," afirmou ele.
Mas o grupo militante ainda representa uma ameaça, disse. "Não podemos baixar a nossa guarda."
Centenas de quilos de explosivos, 15 bombas do tipo usado em explosões de carro, 18 pistolas e milhares de munições, assim como placas roubadas e documentos administrativos, foram descobertos.
No mês passado, o ETA comemorou o aniversário de 50 anos de sua fundação secreta durante a ditadura de Franco. Mas a organização, a quem se atribui a responsabilidade por cerca de 800 mortes ao longo de décadas, foi enfraquecida pela prisão de líderes e por uma diminuição no apoio político.
Os militantes do ETA há muito tempo buscam refúgio no lado francês do País Basco, mas recentemente ampliaram sua área no norte e no leste da França.
Autoridades de segurança afirmaram que o ETA foi forçado a mudar de tática, pois as prisões diminuíram suas fileiras e ele parece ter se tornado mais flexível, com uma organização menor.
"Eles aproveitaram as lições das prisões feitas no passado. Eles colocaram um fim a estruturas que mantinham por anos e anos," disse Anne Kostomaroff, chefe da seção de antiterrorismo do Ministério Público.
Ataques recentes, no entanto, incluindo os da cidade espanhola de Burgos e da ilha de Mallorca, mostra que ele ainda é capaz de executar operações.
Hortefeux disse que 172 membros ou associados do ETA estão atualmente presos na França e ele afirmou que as últimas apreensões sugerem que a organização ainda representa uma ameaça.
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