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Crise política

França e Itália enviam militares para a Líbia

A França enviou um "pequeno número" de oficiais militares para assessorar os rebeldes do Conselho Nacional de Transição da Líbia, em Benghazi, principal cidade controlada pelos insurgentes, afirmou o Ministério das Relações Exteriores francês nesta quarta-feira. A Itália também realizou anúncio similar, dizendo que enviará dez instrutores militares para auxiliar os rebeldes.

"A França colocou um pequeno número de oficiais de conexão junto com nosso enviado especial para Benghazi, que estão realizando uma missão de assessoria com o Conselho de Transição", afirmou uma porta-voz da chancelaria francesa, Christine Fage.

Na terça-feira, a Grã-Bretanha anunciou que enviará um contingente de oficiais para auxiliar os insurgentes. Um oficial rebelde que está em Misurata, cidade controlada pela oposição mas cercada por forças do governante Muamar Kadafi, pediu hoje que Grã-Bretanha e França enviem tropas para lutar contra as forças do regime.

Nuri Abdullah Abdullati disse que estava pedindo as tropas por princípios "humanitários". "Nós não aceitamos nenhum soldado estrangeiro em nosso país, mas agora, quando enfrentamos esses crimes de Kadafi, estamos pedindo na base dos princípios humanitários e islâmicos que alguém venha e pare com a matança", disse o líder rebelde. Forças do governo lançam uma dura ofensiva sobre Misurata. Os rebeldes na cidade estão cercados há mais de um mês e a onda de violência já deixou centenas de mortos.

Já um filho de Kadafi, Seif al-Islam, disse em entrevista à emissora Allibya que estava confiante de que a rebelião fracassará. "Eu estou muito otimista e nós venceremos", afirmou. "A situação muda todo dia a nosso favor", disse, sem dar detalhes. Seif garantiu que o pai não buscará "vingança" contra os rebeldes que desejam depô-lo. Mas notou que o uso de armas e da força implicará em "consequências".

A comunidade internacional trabalha também para enviar ajuda humanitária à Líbia e para retirar pessoas que fogem dos confrontos, em sua maioria trabalhadores estrangeiros. A Grã-Bretanha anunciou que pretende levar até 5 mil imigrantes para fora da Líbia. Na segunda-feira, mil deles foram retirados. As informações são da Dow Jones.

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