A França está em estado de alerta contra ataques terroristas. Desde quinta-feira, os órgãos de segurança e de espionagem franceses elevaram seu nível de vigilância por causa de uma suposta ameaça de atentado contra alvos civis em Paris. Pontos de grande concentração de pessoas, como a Torre Eiffel, o aeroporto Roissy-Charles de Gaulle e a rede de metrôs estão recebendo atenção reforçada.
Os sinais de que uma ameaça anormal pesava sobre a capital francesa ficaram mais claros na última semana, quando a lei vetando o uso dos véus islâmicos integrais, como a burca e o niqab, foi aprovada pelo Parlamento. Recentemente, a torre e a estação de trens metropolitanos Saint-Michel tiveram de ser esvaziadas após ameaças. Já em Níger, na África, o risco é real: cinco franceses foram sequestrados pela Al-Qaeda do Magreb Islâmico (AQMI).
O aumento da tensão entre os terroristas e a França teria relação com uma operação frustrada das Forças Armadas francesas para resgatar Michel Germaneau, um refém sequestrado pela AQMI em abril e assassinado em julho. Na ação, sete terroristas teriam sido mortos. Em represália, a AQMI jurou em um comunicado atacar alvos franceses.
No fim de semana, relatórios de dois serviços secretos da França obtidos pelo jornal Le Monde indicaram a radicalização do grupo terrorista, uma sucursal da Al-Qaeda na África árabe e muçulmana. "A ameaça terrorista que pesa sobre a França e seus interesses no exterior intensificaram-se nas últimas semanas", diz um dos documentos.
Ontem, o ministro do Interior, Brice Hortefeux, admitiu que uma "ameaça real" foi identificada pelos serviços secretos, elevando o nível de risco para vermelho, o penúltimo na escala de perigo. "Trata-se de uma ameaça que, acreditamos, poderia ter os transportes como alvo", disse o ministro, sem entrar em detalhes mas revelando que o risco se tornou mais claro desde quinta-feira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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