Paris (AE/AP) O presidente francês, Jacques Chirac, disse ontem que os distúrbios nos subúrbios pobres da França são um sinal de uma "profunda doença" que a nação inteira precisa curar. Ele disse que uma das causas é o veneno da discriminação, em seu primeiro pronunciamento à nação desde o início dos distúrbios em 27 de outubro.
Chirac pediu ajuda a companhias, sindicatos e à mídia para levar diversidade à sociedade francesa e apoiar a criação de empregos para os jovens que moram nos bairros pobres. Ele indicou que deseja estabelecer um corpo de voluntários para ajudar na capacitação de trabalho de 50 mil jovens até 2007.
Chirac fez o pronunciamento horas após seu gabinete aprovar um projeto de lei que será apresentado ao Parlamento para ampliar a vigência do estado de emergência para três meses. O estado de emergência foi decretado no dia 8 para conter a onda de violência desatada em 27 de outubro depois que dois adolescentes foram mortos eletrocutados ao fugirem da polícia.
A violência vem caindo aos poucos na França, há uma semana. Na 18.ª noite consecutiva de distúrbios, os manifestantes queimaram 284 veículos e 115 pessoas foram detidas, segundo balanço da polícia. Na noite anterior, foram incendiados 374 veículos. Desde o início dos tumultos, quase 3.000 pessoas foram detidas.
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