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Oriente Médio

França, EUA e Reino Unido recomendam que cidadãos deixem o Líbano imediatamente

Projéteis disparados do sistema de defesa aérea israelense Iron Dome para interceptar mísseis disparados do sul do Líbano, sobre a alta Galileia, norte de Israel, neste domingo (4)
Projéteis disparados do sistema de defesa aérea israelense Iron Dome para interceptar mísseis disparados do sul do Líbano, sobre a alta Galileia, norte de Israel, neste domingo (4) (Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI)

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Diante da escalada de conflitos no na região do Líbano, países como Estados Unidos, Reino Unido e a França emitiram recomendações para que seus cidadãos deixem o país asiático imediatamente.

"Os convidamos a tomar providências para deixar o Líbano o mais rápido possível", informou o Ministério das Relações Exteriores da França neste domingo (4), chamando atenção para "cidadãos que estão de passagem".

O governo francês destacou que o contexto é "muito volátil" e que, apesar da "grande instabilidade" em toda a área, ainda há "voos comerciais diretos e voos com escala para a França".

Orientação semelhante também foi emitida neste sábado (3) pelo governo norte-americano. “Encorajamos aqueles que desejam sair do Líbano a reservar qualquer bilhete disponível, mesmo que o voo não saia imediatamente, ou não siga a rota de sua primeira escolha”, informou a embaixada dos EUA em Beirute.

O chanceler britânico, David Lammy, também se pronunciou: “Minha mensagem para os cidadãos britânicos lá é clara: saiam já”, solicitou, alertando que “as tensões estão elevadas, e a situação pode se deteriorar rapidamente”.

Há recomendações também para quem tem viagem marcada para a região. No comunicado francês, por exemplo, o governo solicita que os planos sejam dispensados devido aos "riscos de uma escalada militar no Oriente Médio". E para aqueles que permanecem no local, a França aconselha "maior vigilância".

Outros países também se manifestaram neste domingo (4)

Países como Espanha, Austrália, Suécia, Itália e Jordânia também pediram aos seus cidadãos no Líbano que deixem o país "o mais rápido possível" devido ao possível ataque iminente do Irã e do grupo xiita libanês Hezbollah contra Israel.

A embaixada da Espanha em Beirute recomendou neste domingo através da sua conta na rede social X que seus cidadãos não viajem para o Líbano "na situação atual", e que os espanhóis que se encontrem no país o abandonem com "meios comerciais existentes”.

Outros países ocidentais como Canadá, Austrália e Suécia – que fechou a sua embaixada em Beirute – também pediram aos seus cidadãos que deixem o Líbano, país que só tem um aeroporto para voos comerciais, o da capital, e que faz fronteira com Israel e Síria.

A Jordânia foi o único país árabe que pediu aos seus cidadãos que “saíssem do território libanês o mais rapidamente possível”, advertindo que uma escalada afetaria, inclusive, seu próprio país, que está na linha de fogo entre Israel e Irã.

Também há manifestações do Canadá, Argentina, Hungria, entre outros países, com orientações para que seus cidadãos evitem viajar para o Líbano.

Situação no Oriente Médio

As recomendações ocorrem dias após o assassinato em Teerã do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, atribuído a Israel, e do principal comandante do grupo xiita Hezbollah, Fuad Shukr, em um bombardeio no Líbano.

Essas mortes fizeram com que o Irã e o grupo armado libanês, assim como os rebeldes houthis do Iêmen, jurassem vingança contra o Estado judeu.

Além disso, o assassinato de Haniyeh, que era o principal negociador do Hamas, colocou em risco as negociações de trégua na Faixa de Gaza, já que os islâmicos palestinos expressaram sua recusa em retomar o diálogo, e os mediadores — Egito e Catar — denunciaram que essas ações impossibilitam a construção de confiança entre as partes.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (4) que está disposto a percorrer "um longo, longo caminho" nas negociações de um cessar-fogo com o Hamas, enquanto as famílias dos sequestrados na Faixa de Gaza e um número crescente de negociadores de alto escalão o pressionam para assinar um acordo.

Com informações da Agência EFE

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