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O presidente francês, Emmanuel Macron,
O presidente francês, Emmanuel Macron,| Foto: EFE/ Kai Forsterling

A França anunciou nesta terça-feira (2) que fechou sua embaixada no Níger porque "sérios obstáculos" à sua atividade nos últimos cinco meses, desde o golpe militar do final de julho de 2023, tornaram "impossível o cumprimento de suas missões".

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da França explicou que o fechamento tem, por enquanto, caráter indefinido e que a embaixada continuará suas atividades em Paris.

Isso significa que ela manterá seus vínculos com os franceses e com as ONGs que realizam trabalho humanitário no país africano, que, segundo o Ministério das Relações Exteriores da França, continuarão sendo financiadas "para o benefício direto das populações mais vulneráveis".

No comunicado, o ministério relembrou os motivos de sua decisão: "O bloqueio em torno da embaixada, as restrições ao movimento de agentes e a expulsão de todo o pessoal diplomático que deveria ir ao Níger, em clara violação da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas".

A embaixada foi atacada no dia 30 de julho durante um protesto antifrancês organizado quatro dias após o golpe de estado militar pelo autodenominado Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CNSP).

Essa junta tirou do poder o presidente Mohamed Bazoum, aliado da França, e suspendeu a Constituição.

As tensões aumentaram nas semanas seguintes entre Paris e a nova junta militar, que exigiu a retirada de cerca de 1,5 mil militares franceses posicionados no Níger, formalmente para ajudar as Forças Armadas do país a combater os grupos jihadistas, o que ocorreu no início de outubro.

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