As três principais potências da União Europeia --Alemanha, Grã-Bretanha e França-- pediram nesta sexta-feira (7) ao restante do bloco que sejam impostas novas sanções contra o Irã pelo seu programa nuclear.
Enquanto Israel continua ameaçando uma ação militar contra as instalações nucleares iranianas, o ministro alemão de Relações Exteriores, Guido Westerwelle, disse que o descumprimento das exigências internacionais para que o Irã abandone seu programa de enriquecimento atômico significa que a UE deveria discutir novas sanções nas próximas semanas.
"Sanções são necessárias, e logo. Não posso ver que haja realmente um desejo construtivo de discussões substanciais por parte do lado iraniano", disse Westerwelle à Reuters em uma conferência ministerial em Chipre.
"Se eles não voltarem à mesa, então provavelmente a próxima rodada (de sanções) será necessária. Isso não é algo para o ano que vem, estamos falando das próximas semanas", disse ele.
O ministro chamou de "frustrantes" as três rodadas de reuniões ocorridas este ano entre o Irã e seis potências mundiais, inclusive a Alemanha.
Os EUA e seus aliados suspeitam que o Irã esteja tentando desenvolver armas nucleares, algo que a República Islâmica nega.
Participando do mesmo encontro em Chipre, o chanceler da França, Laurent Fabius, disse que a diplomacia continua em um impasse.
"Vamos discutir nos próximos dias os detalhes para o fortalecimento das sanções", disse Fabius a jornalistas. Ele sugeriu que novas medidas podem atingir as finanças, o comércio e a exportação de petróleo por parte do Irã, mas não entrou em detalhes.
A mais recente rodada de sanções da UE ao Irã, implementada em julho, já proíbe a importação de petróleo iraniano no bloco e isola o setor bancário do país, de modo que não ficou claro quais medidas adicionais poderiam ser impostas.
Os ministros não chegaram a discutir possíveis alvos para as sanções.
Os ministros de Relações Exteriores da UE estão reunidos em Chipre para discutir assuntos como a resposta do bloco ao programa nuclear iraniano e a crise na Síria, mas não está previsto que eles tomem decisões.
Os EUA também exercem crescente pressão diplomática sobre o Irã, e o Canadá anunciou nesta sexta-feira que vai fechar sua embaixada em Teerã.
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