Duas semanas depois dos ataques que devastaram a França, o país realizou nesta sexta-feira (27) uma homenagem às 130 mortos e 350 feridos. A cerimônia solene contou com a presença do presidente François Hollande, que prometeu tomar todas as medidas para destruir o “exército de fanáticos” do Estado Islâmico, responsável pelos atentados, ressaltando que o país não vai ceder nem ao medo, nem ao ódio, mas sim lutar contra o terrorismo até o fim.
10 respostas para entender o Estado Islâmico e os ataques de Paris
Leia a matéria completa“Nós conhecemos nosso inimigo. É o ódio que mata em Bamako, Túnis, Palmira, Paris, e que já matou em Londres ou Madri. Um islã pervertido que nega a mensagem de seu livro sagrado”, declarou Hollande, em referência a outros ataques realizados pelos jihadistas do EI. “Nós vamos lutar contra o terrorismo até o fim, e vamos ganhar”, disse.
Também participaram do evento sobreviventes dos ataques e familiares das vítimas. Logo após a chegada de Hollande, às 10h30m no horário local (7h30m de Brasília), as cerca de duas mil pessoas presentes no palácio dos Invalides fizeram um minuto de silêncio e escutaram o hino nacional francês. Logo em seguida, foi interpretada a música “Quand on a que l’amour” (quando só temos o amor), do cantor belga Jacques Brel e os nomes de todos os 130 mortos nos atentados foram lidos.
“Eles eram a juventude da França, a juventude de pessoas livres. No Bataclan, muitos eram músicos, e a música é intolerável para os terroristas. Eles queriam destruir a alegria com suas bombas. Em resposta, vamos multiplicar nossas músicas”, disse Hollande, após ressaltar que a maioria das vítimas tinha menos de 35 anos. “Terroristas não vão parar a música, a harmonia”, completou.
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Antes do evento, o governo pediu que os cidadãos de todo o país também participassem da homenagem, decorando suas casas com a bandeiras francesa. De fato, em Paris, nos prédios foram colocados estandartes com as cores azul, branco e vermelho.
Em uma série de ataques coordenados em 13 de novembro, homens armados com fuzis e com os explosivos amarrados nos corpos abriram fogo em restaurantes e bares na cidade e invadiram a sala de concertos Bataclan. Além disso, três homens-bombas se explodiram do lado de fora do Stade de France, em Saint-Denis, onde a França e Alemanha jogavam um amistoso.
Um dia depois do massacre, o grupo Estado Islâmico reivindicou autoria pelos atentados.
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