Paris (AFP) A França, que tem uma das taxas de natalidade mais altas da Europa, anunciou ontem um pacote de medidas que tenta conciliar a maternidade com a vida profissional, para estimular as mulheres a ter um terceiro filho. Atualmente, a França tem uma taxa de natalidade de 1,9 filho por mulher e é, depois da Irlanda, o país da Comunidade Européia com os índices mais altos.
A situação é bem melhor que em países como a Alemanha (1,4 filho por mulher), Espanha e Itália, com 1,2, mas ainda assim aponta para um desequilíbrio futuro, com um número reduzido de trabalhadores sustentando aposentados cada vez mais longevos.
Os benefícios dados às mães francesas explicam, em parte, a diferença em relação ao restante do continente, mas o governo quer mais. Ontem, aproveitando a Conferência Anual sobre a Família, o primeiro-ministro, Dominique de Villepin, anunciou que as francesas que gerarem um terceiro filho poderão desfrutar, se quiserem, de um período de ausência profissional mais curto (um ano, em vez de três) mas bem remunerado, com cerca de 750 euros ao mês.
Na França, ambos os genitores podem, a partir do segundo filho, interromper a atividade profissional durante um, dois ou três anos para se dedicar à educação do bebê. Nestes casos, recebem um auxílio que pode chegar a 513 euros líquidos mensais.
Foram acrescentadas a estas medidas auxílios mais elevados para as despesas com as crianças, além de descontos em restaurantes, supermercados e atividades extra-escolares. O governo francês também anunciou a redução de impostos, um incentivo atraente em um país em que a carga tributária é enorme.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada