A França irá abrigar 24 mil pessoas que fugiram para a Europa saindo de zonas de conflito. Nesta segunda-feira, o presidente francês François Hollande afirmou que a iniciativa é parte de um plano para lidar com a maior crise de refugiados no continente em toda uma geração.
Durante coletiva de imprensa, Hollande disse que a França também prepara ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico na Síria, o que aprofunda o envolvimento do país na guerra civil que está gerando o maior número de refugiados entre os que fogem para a Europa.
Hollande afirmou que o movimento visa impedir a preparação de ataques terroristas contra a França e busca proteger os civis sírios. O anúncio marca uma mudança na direção da política de Hollande, que até aqui era focada em ataques aéreos contra o Estado Islâmico no Iraque enquanto evitava alvos na Síria. Até aqui o governo francês vinha tentando evitar que ataques aéreos na Síria dessem força ao ditador sírio Bashar al-Assad, principal inimigo do Estado Islâmico na caótica guerra civil da Síria.
“Nada pode ser feito que consolide ou mantenha Assad no poder na Síria”, disse Hollande.
O presidente francês afirmou que voos de reconhecimento sobre posições do Estado Islâmico na Síria vão começar amanhã com o objetivo de mapear possíveis alvos. Após estes esforços, “estaremos prontos para conduzir ataques”, afirmou Hollande.
A França aceitou receber refugiados como parte de um esquema obrigatório para redistribuir as centenas de milhares de pessoas que chegaram à União Europeia este ano, muitas saindo de países tomados pela guerra.
“A palavra importante é obrigação”, disse Holande. “Essa é a diferença entre o que foi e o que não foi feito nos últimos meses”, completou. Um esforço voluntário lançado mais cedo este ano por governos da União Europeia para redistribuir 40 mil imigrantes ficou aquém da meta.
A maioria dos refugiados tenta agora chegar à Alemanha, onde autoridades dizem esperar que 800 mil pessoas façam pedido de asilo apenas este ano.
“Não acredito que podemos deixar a Alemanha sozinha para lidar com isso”, declarou Hollande, enquanto revelou que o plano completo é redistribuir 120 mil refugiados.
O plano para refugiados representa riscos políticos para Hollande. A direitista Frente Nacional, que se tornou uma força poderosa na política Francesa, já tem atacado o presidente por concordar em aceitar mais refugiados. Pesquisas mostram que a maioria dos franceses se opõe a um aumento no número de refugiados no País.
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