A França colocou a postos 122 mil policiais e militares para proteger espaços públicos e locais estratégicos de todo o país após o aumento do nível de alerta para ataques terroristas.
O dado foi divulgado nesta quarta-feira (21) pelo primeiro-ministro, Manuel Valls, ao anunciar em um pronunciamento o dispositivo antiterrorista que vai reforçar os meios humanos e materiais, com 2.680 empregos e uma verba de 425 milhões de euros nos três próximos anos.
Valls explicou que entre os 122 mil homens e mulheres que "garantem a proteção permanente de pontos sensíveis e dos espaços públicos" estão os reforços de 10,5 mil militares que saíram dos quartéis na semana passada para proteger instalações estratégicas, mas também locais de culto ou escolas judaicas.
Para dar a dimensão das ameaças terroristas que pesam sobre o país, Valls afirmou que na França é preciso monitorar 3 mil pessoas como suspeitas de terrorismo, das quais 1,3 mil estão vinculadas a redes de jihadistas na Síria e no Iraque, um grupo que aumentou 130% em um ano.
Segundo o jornal "Le Figaro", que cita fontes policiais, desses 1.281 franceses ou residentes na França, pelo menos 393 foram à Síria para se integrar a grupos jihadistas como o Estado Islâmico, e entre eles estão 96 mulheres, com uma idade média de 25 anos e lá reduzidas, em muitos casos, à escravidão sexual.
De acordo com essa mesma contabilidade, 240 jihadistas franceses saíram da Síria e 190 voltaram à França, onde os serviços secretos tentam monitorá-los por considerar que constituem "bombas potenciais".
A esses é preciso somar 250 que estão em trânsito rumo a zonas de combate e cerca de 300 com intenção de ir. Um policial citado pelo jornal advertiu que impedir que estes últimos de integrar as fileiras jihadistas pode ser também um risco, na medida em que decidam atentar em represália à França.
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