Os investigadores franceses negaram neste sábado (2) que haja vínculo entre grupos terroristas e o responsável pelo ataque com carro a soldados que faziam a segurança de uma mesquita em Valência, no sul do país.
“Nós não temos evidência que poderia indicar um ato de terrorismo”, disse o procurador de Valência Alex Perrin.
O homem tentou duas vezes avançar com seu Peugeot 307 contra os quatro soldados que faziam a guarda do prédio da mesquita.
Na primeira tentativa, ele feriu um dos agentes. Quando o autor tentou fazer um novo atropelamento, os militares abriram fogo e balearam o motorista. Os disparos ainda atingiram a perna de um frequentador da mesquita de 72 anos, que foi levado ao hospital e não corre risco de morrer.
O soldado atingido teve o joelho e a tíbia quebrados no atropelamento. Já o autor do ataque está sob custódia da polícia.
Segundo Perrin, o homem, um francês de ascendência tunisiana de 29 anos, aparentemente agiu sozinho.
“Ele teria gritado ‘Alá é Grande’, o que sugere um elemento religioso. Quando ele foi preso, ele mencionou o fato de que queria matar tropas porque tropas matam pessoas”, disse o procurador.
Ainda segundo Perrin, o homem disse que queria ser morto por tropas.
Não há indicação, afirmou ainda o procurador, de que ele tenha alguma doença mental.
Ele vai enfrentar acusações de tentativa de assassinato contra autoridades.
A França está em alerta máximo desde a série de ataques de 13 de novembro, em que 130 pessoas foram mortas. As mesquitas receberam reforço na segurança depois do atentado ao jornal “Charlie Hebdo”, em 7 de janeiro de 2015.
Além dos templos islâmicos, entidades ligadas à comunidade muçulmana, assim como sinagogas, escolas judaicas, pontos turísticos e sedes de jornais entraram na lista de locais a serem protegidos pelo Exército.
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