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Paris – Depois de ouvir muitas críticas de países aliados, o governo francês ampliou ontem sua oferta de 200 para 2 mil soldados no esforço internacional para a composição da força de paz das Nações Unidas que devem ser enviadas ao Líbano. O objetivo é reunir 13 mil soldados, para ajudar os 2 mil homens das Nações Unidas e os 15 mil soldados libaneses que devem ser concentrados na zona de conflito, perto da divisa com Israel. A França já mantém 200 soldados no Líbano – eles estariam entre os 2 mil anunciados ontem.

Depois de a Itália cogitar assumir a liderança da força de paz, o presidente francês, Jacques Chirac, disse que seu país tem interesse em continuar liderando as tropas. Ele descreveu o cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, em vigor há dez dias, como "muito frágil". Em um mês de conflito, houve cerca de 1,3 mil mortos, 90% do lado libanês.

Equívocos israelenses

Israel admitiu ontem pela primeira vez equívocos no conflito. Em uma carta endereçada aos soldados israelenses, o comandante do Estado-Maior de Israel, general Dan Halutz, assumiu que a performance militar do país teve falhas. Críticas em relação aos preparativos e às táticas do Exército disseminaram-se nos últimos dias. Faltaram água e comida para as tropas.

"Os combates revelaram problemas em várias áreas – falhas logísticas operacionais e de comando. Estamos prontos para uma ampla, honesta, rápida e profunda investigação sobre todas as falhas e conquistas", disse o comandante.

"As questões serão respondidas profissionalmente e todos serão investigados – do soldado mais raso até o comandante do Estado-Maior", escreveu, referindo-se ao cargo que ocupa.

A guerra começou em 12 de julho depois que guerrilheiros do Hezbollah mataram três soldados israelenses e seqüestraram outros dois em uma operação na fronteira entre o Líbano e Israel. Os reféns não foram resgatados durante a operação israelense. Cerca 160 israelenses morreram – um quarto deles civis e três quartos, militares. Além disso, a ofensiva trouxe prejuízo. O Hezbollah lançou cerca de 3 mil foguetes contra o norte israelense.

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