Paris O colapso anunciado em decorrência da greve de trabalhadores de empresas públicas de transporte e de energia se concretizou ontem na França. Mesmo com a queda de 10% a 15% da taxa de adesão à greve, ônibus, metrôs e trens metropolitanos, nacionais e internacionais pararam em todo o país. Nas grandes cidades, multidões se espremeram em estações enfrentaram engarrafamentos, disputaram bicicletas de aluguel ou se sujeitaram a longas caminhadas para chegar ao trabalho. Universidades cancelaram aulas e 90% das empresas foram afetadas por ausências ou prejuízos financeiros, enquanto protestos tomaram as ruas. Pressionado por uma greve ainda sem previsão de fim, o presidente Nicolas Sarkozy aceitou negociar, mas sem abrir mão da reforma previdenciária.
A jornada de greve dos transportes e da energia, a segunda em menos de um mês, demonstrou a força dos sindicatos mesmo tendo índices de participação menores que os registrados em 18 de outubro nas quatro grandes empresas públicas envolvidas. Nenhuma mobilização superou a verificada na companhia de trens de alta velocidade (TGVs), na qual a participação dos trabalhadores caiu de 73,5%, em outubro, para 61,5%.
Ainda assim, os transtornos para a população foram grandes. Dos 700 TGVs previstos para ontem, apenas 70 partiram a maioria para Bruxelas e Londres. Em Paris, houve tumultos e superlotação nas grandes estações. A freqüência dos metrôs que funcionaram foi reduzida para um a cada 30 minutos, quando o tempo de espera normal é de quatro minutos. Às 8h30min, nas ruas e estradas, engarrafamentos se estenderam por 360 quilômetros em todo o país a maior parte em torno da capital francesa.
No início da noite, vários sindicatos confirmaram a manutenção da greve por, no mínimo, mais 24 horas.
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