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O Ministério do Interior da França divulgou nesta terça-feira (23) que cerca de mil pessoas suspeitas de espionagem para outros países foram impedidas de participar da Olimpíada de Paris, que terá sua cerimônia de abertura na sexta-feira (26).
De acordo com informações da agência Associated Press, o ministro do Interior, Gerald Darmanin, disse que foram feitas cerca de 1 milhão de verificações de antecedentes para candidatos a voluntários, trabalhadores e outros envolvidos nos Jogos, além de solicitantes de passes para entrar na zona de segurança controlada de Paris, ao longo das margens do rio Sena, antes da cerimônia de abertura.
Ao contrário de Olimpíadas anteriores, o evento não será realizado no principal estádio dos Jogos, mas em torno do rio símbolo da capital francesa.
Segundo Darmanin, essas verificações resultaram no veto à participação de cerca de 5 mil pessoas, das quais mil por suspeita de operar em nome de outro país e de espionagem.
“Estamos aqui para garantir que o esporte não seja usado para espionagem, para ataques cibernéticos ou para criticar e às vezes até mentir sobre a França e os franceses”, disse o ministro, que afirmou que esses ataques têm partido da Rússia e de outros países, que não tiveram seus nomes divulgados.
Outras razões para o veto à participação na Olimpíada de Paris, detectadas na verificação de antecedentes, incluíram radicalização islâmica, extremismo político de esquerda ou direita, antecedentes criminais significativos e outras preocupações de segurança, acrescentou Darmanin.